Difundir a importância da doação de órgãos e tecidos e estimular as famílias a
conversarem sobre o tema são objetivos da campanha De Setembro a Setembro. Para
atingir um maior número de pessoas, a Central de Transplantes do Rio Grande do Sul
pediu apoio de diversos órgãos públicos ou representativos para se unirem à causa e
ajudarem a divulgar a campanha, não apenas em setembro, mas em todos os meses do
ano.
A ideia, de acordo com a coordenadora da Central de Transplantes, Sandra Coccaro, é
trabalhar a informação, desmitificar questões referentes à doação e sensibilizar a
população através do diálogo. A campanha também busca qualificar o acolhimento aos
familiares por parte das equipes que trabalham nas UTIs dos hospitais notificantes no
processo de doação e transplantes.
“Precisamos ter engajamento durante todo o ano e realizar um trabalho continuado de
esclarecimento sobre a possibilidade de se salvar vidas”, disse a coordenadora. De
acordo com ela, os dados históricos mostram uma negativa familiar na média de 40%.
“É esse dado que precisamos mudar”, reforça.
Assembleia Legislativa, Ministério Público, Defensoria Pública, Tribunal de Justiça e
Tribunal de Contas serão parceiros para impulsionar e amplificar a campanha, que irá
prever divulgações em redes sociais e estações de rádio, assim como iluminação de
prédios públicos. “Precisamos fazer a mensagem da doação de órgãos circular. Este é
um tema muito caro a todos nós”, disse Ângela Salton Rotunno, do Ministério Público.
Outra frente da campanha, que será realizada em parceria com o Conselho Regional de
Medicina do RS (Cremers), é a capacitação dos profissionais de saúde para diagnóstico
correto da morte encefálica (requisito para doação de órgãos) e também para lidar com
os familiares que estão passando por este momento de perda. |