As novas tecnologias são capazes de trazer ao exercício da Medicina os mais diversos
benefícios e é preciso aproximar, cada vez mais, médicos e profissionais da saúde destas
técnicas. A reflexão foi um dos destaques da palestra "Inteligência Artificial e Big Data -
Qual a relação com o profissional médico?", apresentada pelo médico psiquiatra da
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Ives Cavalcante Passos.
"Quando falamos do Big Data na Medicina não estamos falando somente sobre analisar
dados, mas também em que velocidade essa análise é feita e como nós interpretamos
eles. Vivemos um universo onde a Big Data e o digital se tornam mais importantes",
afirmou.
Segundo Cavalcante, para aproximar estas ferramentas do exercício médico, é
fundamental dividirmos a categoria em dois tipos: os dados estruturados e os não-
estruturados.
"Essa diferenciação do Big Data é importante. No caso da Medicina, dados estruturados
são aqueles que colocamos em planilhas de Excel, como informações demográficas,
clínicas, exames laboratoriais. Por outro lado, os dados não estruturados são dados de
filme, foto, áudio, vídeo, que não têm relação entre si", salientou.
O professor, que trabalha com psiquiatria e prevenção ao suicídio, citou como exemplo
um estudo em que participou, feito com algoritmos, análise de dados e informações
dadas por pacientes, que projetou uma predição de comportamento suicida na
população geral no Brasil, levando em considerações diversas variáveis.
O evento foi realizado de forma online na tarde deste sábado (15/08), através da
plataforma Sympla Streaming. A iniciativa foi do Departamento Universitário da
Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS).
Fonte; PlayPress |